domingo, 3 de novembro de 2013

Adriana Calcanhoto, Titãs, Jesus e o Estoicismo.

"Eu vejo tudo enquadrado
remoto controle..."
 Veja no link http://letras.mus.br/adriana-calcanhotto/43856/ - Esquadros - Adriana Calcanhoto

A frase escrita acima, da música "Esquadros", de Adriana Calcanhoto, resume o teor da letra, voltada para a filosofia estoicista. 
Os estoicistas acreditavam que tudo no mundo estava perfeitamente posto, "tudo enquadrado", cabendo a nós seguirmos o fluxo dos acontecimentos.
Devíamos aceitar as coisas como elas são porque nada pode mudar, ou seja, acreditavam em destino.
Em resumo, temos um "remoto controle" sobre nosso futuro. Assim sendo, o melhor para viver bem é aceitar as condições que nos são apresentadas, pois lutar contra o destino é sofrer à toa.
Aliás, "remoto controle" é uma magnífica inversão de "controle remoto". Com este aparelho nós podemos escolher a que canal assistir; na vida não, pois os acontecimentos surgem independente de nossas vontades.


Romanticamente, ou talvez nem tanto, a letra acrescenta:
"...Meu amor, cadê você 
eu acordei
não vi ninguém ao lado..."
Diz que você não tem o controle do amor de ninguém, ou pior, da vida, pois você nunca sabe se a pessoa que dorme contigo estará viva na noite seguinte para você amanhecer com ela. Neste caso surge como um lamento.

Também é um exemplo estoicista a morte de Jesus em cumprimento às escrituras.


 
A Lança do Destino, aquela que o soldado romano espetou Jesus na cruz é a imagem do ápice da morte de Jesus que, segundo o próprio, deveria se cumprir, conforme as escrituras sagradas apontavam.

Também possui esta verve estoicista a música “Marvin”, da banda paulista Titãs.

Ao morrer o pai diz ao filho:
“Marvin, eu fiz o meu melhor
e o seu destino eu sei de cor...”
A sabedoria e a vivência do pai revela o futuro do filho como fato consumado e, por mais que Marvin lutasse contra este mesmo destino, não adiantava, o rumo do filho era seguir os passos do pai, repetindo sua história de dificuldades.

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