domingo, 3 de novembro de 2013

Shopenhauer: Viver é Sofrer

Schopenhauer era uma personalidade interessante e, de certa forma, contraditório.
Via na ascese o bem viver, uma mistura de epicurismo com budismo. 
Sua personalidade melancólica batia de frente com sua retórica contundente.
Afirmava que “viver é sofrer”. E sofria...
Ia aos cafés à tarde acompanhado de seu cãozinho poodle. Confio naqueles que gostam de cães. Isto demonstra que reconhece as qualidades do animal, que caem bem aos humanos.
Dizem que sua crítica a Hegel era por despeito, já que este era reconhecido e Schopenhauer não. Não creio! Seu ressentimento não partia daí, mas de sua visão de mundo. A morte era a única solução e só nela encontraríamos a serenidade. Nela, não há desejo, não havendo sofrimento. Mortos, não desejamos, não sentimos a infelicidade, pois a infelicidade vem do descontentamento eterno dos vivos. Enquanto houver vida, há desejo; e enquanto houver desejo, não há realização plena. Então não há saída enquanto houver vida, sendo único caminho a morte.

Acreditava no amor como meta de vida, mas ele nada tem a ver com felicidade .

Eis algumas de suas frases:

“As pessoas tomam os limites de seu campo de visão como se fossem os limites do mundo.”
- Frase anti-sofista, pois esta corrente acreditava ser o homem “a medida de todas as coisas”.

“Em pessoas de capacidade limitada, modéstia não passa de mera honestidade; nas que possuem grande talento, é hipocrisia.”

“Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa a existência lhe parece.”
- Como ateu, pensava que ao crente bastava acreditar em Deus e pronto, tudo estaria esclarecido, muito simples.

“A felicidade jamais foi considerada inoportuna.”

- Esta frase está mais como lamento do que para um elogio à felicidade. O que quer dizer que ela pode ser questionada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário