08 DE JANEIRO
É muito fácil nos deixar
enganar pelos brilhos que nossos sentidos captam, pois somos por demais
epidérmicos e propensos ao prazer. A relfexão, por ser menos prazeirosa e, às
vezes, incômoda, é por nós negligenciada.
Parmênides dizia que os
sentidos nos enganam por nos apresentar um mundo transitório e passageiro,
quando as coisas que importam são as eternas. Realmente, ao observar um
pássaro, por exemplo, chama-nos atenção a plumagem e o seu canto; no entanto,
não paramos para refletir sobre a sua existência. Aquele ser se resume, para
nós, à plumagem e canto.
Atraem-nos as primeiras
impressões, o que nossos sentidos captam, esquecendo-nos da totalidade e da
essência. Focamos naquilo que difere e esquecemos o que une. A beleza, como
vemos os pássaros, está no exterior do ser, como a plumagem e o canto, assim,
valoramos o ser por aquilo que apresenta aos olhos e não pelo que é em si. Infelizmente,
este é o critério que normalmente usamos para dizer se gostamos mais de um pássaro
que outro.
Dizemos: “que criança linda”,
quando o que importa é o fato dela existir.
DICA DO DIA: Não olhe o
mundo com os olhos da face, observe-o com os olhos da alma.
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