segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O Homem Venusiano Nos Tempos Atuais





O Homem Venusiano, também conhecido como Vitruviano (por ter sido iniciado pelo arquiteto romano Marco Vitruvio Polião) foi concluído em 1492 por Leonardo Da Vinci.


A figura foi apresentada ao mundo como representação das formas perfeitas, numa época em que o renascentismo fazia o pensamento voltar-se para o humano. No entanto, quero fazer uma reflexão sob ângulos que normalmente este desenho não é observado.

Em primeiro lugar podemos refletir sobre a ideia de perfeição que fascina o ser humano. Por que buscamos tanto a perfeição? Por que buscamos eliminar o imperfeito, a falta ou o que sobra?
Se tirarmos um braço da figura humana exposta, o quadrado e o círculo ficam tortos. Por que? Simples: o ser humano não é um ser geométrico, matemático, objetivo. Ele é subjetivo, sujeito de relações.

Pois como disse Dostoievski: "o homem é esta realidade em dois mais dois não são quatro".

A figura parece atual também geometricamente falando.
Percebe-se que o Homem Venusiano está enquadrado dentro das figuras, aprisionado no círculo e no quadrado.
Então, quais são as nossas prisões?
Parece representação da sociedade atual que entra no círculo para dançar o quadradinho.



Há ainda uma análise sob ponto de vista de gênero, é um homem e não uma mulher quem representa a figura humana. Seria o homem mais perfeito que a mulher e, portanto, mais representativo? Influência histórica da hegemonia masculina a qual sucumbiu Da Vinci?

Não sabemos para onde vamos, pois não há para onde ir sem sairmos da prisão geométrica que a vida impõe, sem romper com os círculos e os quadrados que nos limitam.


De onde viemos, são duas as possibilidades possíveis como conclusão:
Havendo um Criador, somos filhos da solidão, uma vez que esta era a condição primeira Dele, pois antes de tudo criar, havia somente Ele.
Não havendo um Criador, somos filhos do ventre vazio do nada.

Algumas brincadeiras são feitas e aqui estão duas delas que ironizam a forma como pensa ou vive a sociedade.








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