segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Da doação

Amar é aquele momento em que deixar de ser você mesmo para ser o outro é a mais feliz e prazerosa forma de ser...
Você mesmo!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

sexta-feira, 18 de julho de 2014

SOBRE O AMOR

Todo tipo de amor (romântico, filial, fraterno, paterno-maternal) 
Resultado de imagem para imagens de perdas

é uma forma de buscar felicidade e encontrar um quinhão de dor.







O amor não é como estar à sombra em um dia quente, 
Resultado de imagem para imagens de deserto



é como estar num sol escaldante.


                                                      
O amor não é só a segurança da criança no colo da mãe, 
         Resultado de imagem para imagens de filhos mortos no colo da mãe    mas o medo de um dia não estarem ali, uma ou outra.


É um lugar sem controle!



O amor não possui a serenidade da água parada, 
Resultado de imagem para imagens de águas turbulentas
mas o perigo da correnteza.



O amor é lugar de incertezas, luta, busca...

Resultado de imagem para imagens de trovoes e relampagos                    É um lugar intranquilo!




Mas é o lugar onde queremos estar!


terça-feira, 17 de junho de 2014

terça-feira, 3 de junho de 2014

NIETZSCHE E O SAPO

"Ô vida boa, sapo caiu na lagoa..."


É o sapo em seu habitat natural, sem controle, vivendo a vida como deve ser vivida.


Por isto a canção diz: "Ô vida boa!"



E nosso habitat? Qual é?
Para Nietzsche, é o lago das emoções. É ali que nos encontramos e somos felizes. Um lago natural, sem regras para banhistas.
Por séculos, acusa Nietzsche, os racionalistas impuseram ao ser humano um modo de viver não-natural, impingindo a todos normas de conduta que vão contra a natureza humana.
Esta visão segue em vigência ainda hoje como regra geral.
É como se obrigassem o sapo a viver numa terra árida.
Querer que os seres humanos sigam as regras da razão é forçar a fazer algo diferente daquilo que somos naturalmente propensos a fazer. É viver uma vida de mentira!
É como se um camelo (racionalista), por ser forte no deserto, obrigasse os sapos a viverem lá com ele, seguindo suas normas e fazendo os sapos acreditarem que, se quisessem sair de lá, iriam cair num abismo de fogo.
Sabemos que Sapos não foram feitos para viver no deserto.
Sapos vivem naturalmente próximos a lagoas.
Assim como os humanos devem naturalmente seguir seus instintos e não sua razão.
É o Mito da Caverna às avessas!
Para Nietzsche, os sapos precisam voltar à lagoa para viver verdadeiramente.
Viver verdadeiramente é viver com emoção, viver racionalmente é viver preso.
E nascemos para viver livres!
Então, a verdade nos libertará? 
Não! É a liberdade que nos leva à verdade.
Não se pode viver a verdade se é a razão quem nos diz como agir, coagindo-nos.
A mentira aprisiona a emoção.
E a razão é, ao mesmo tempo, carrasco e o juiz.
Nademos, então, no lago das emoções, como um sapo feliz!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Ideias em Pauta



Uma mesa de debates, intitulada "Ideias em Pauta", aconteceu na aula de Filosofia na EMEB João de Barro, em Sapucaia do Sul. Foram convidados como palestrantes debatedores os professores Felipe (matemática), Priscila e Evelise (Ed.Física), Leo (Português), Jefferson (sociologia) e o Aux. de Disciplina Edson. Os trabalhos foram mediados por mim, Omar, da Filosofia.


Participaram como plateia as turmas de Filosofia I e II, de matemática e Ed. Física, que ditavam os temas a serem debatidos. Os temas propostos foram: Copa do Mundo no Brasil, a campanha "Somos Todos Macacos", Infidelidade e, por último, Facebook e as Redes Sociais.

Eis aqui alguns momentos:

COPA DO MUNDO:

"Sou totalmente contra as manifestações com quebra-quebra, as pessoas que nos visitarão não tem culpa de nossas dificuldades e mazelas. Prefiro acreditar que algo de bom ficará como legado." (Evelise)






"Em outros países também se apresentaram problemas com aceitação do evento. Geralmente, eles (organizadores) mostram somente as coisas positivas para os outros países." (Priscila)





"Na época em que o Brasil se candidatou era outro momento, o país queria se mostrar ao mundo como estratégia de governo" (Leo)






"O grande legado da copa é que ela se tornou uma oportunidade de discussão sobre saúde, educação, segurança, moradia, etc..." (Omar)









"A logomarca da copa é uma piada pronta. Aquelas mãos em volta da taça está dizendo: 'todo mundo vai meter a mão'." (Edson)







"A ideia de reunir os países em torno de um evento é maravilhosa, no entanto, eu não vejo uma grande felicidade nas ruas". (Felipe)









"Como tudo na vida existe o real e o imaginário, é preciso então usar este momento, a magia da copa, para discutir o que é real para nós". (Jefferson)


SOMOS TODOS MACACOS:

"Nas redes sociais se percebe um movimento pró-frase que não se vê na vida social. As pessoas ficam melindradas e se ofendem a qualquer coisa que remeta a alguma diferença. Há um descompasso entre o que se passa no virtual daquilo que se percebe no real." (Priscila)

"Vejo um total preconceito dentro desta frase/campanha. Não podemos ter esta atitude de aceitação passiva, como se o preconceito fosse algo normal." (Felipe)

"Sou a favor deste tipo de campanha, pois, embora tenha este viés passivo, não deixa de ser um forma de reação". (Leo)

"Vejo nesta frase uma dimensão de igualdade, ou pelo menos é sua intenção." (Edson)


FIDELIDADE

"Ouvi uma psiquiatra/psicóloga falar, certa vez, o seguinte: ou você se entrega ao desejo e trai a pessoa que está contigo, ou você reprime o desejo e trai a si mesmo." (Leo)

"A fidelidade é uma questão de acordo que deve ser respeitado, como um contrato". (Felipe)

"O ideal é buscar a felicidade no relacionamento em que se está, cada dia redescobrindo e (re)significando a relação. O desejo do que não se tem causa sofrimento e dor". (Jefferson)

"A monogamia parece ir contra a natureza de desejar e vivenciar vários relacionamentos sem estar preso a nenhum, mas foi o caminho que a humanidade escolheu e aceitou socialmente." (Omar)


FACEBOOK E AS REDES SOCIAIS

"As pessoas estão levando muito a sério e há uma ânsia em mostrar-se através das postagens, necessidade de mostrar sua opinião". (Felipe)

"Em minha juventude não tive contato com todas estas inovações. Penso que temos que saber usar e excluir o que é 'bobagem'. O que me encanta na tecnologia atual é que ela serve como veículo para me aproximar de amigos que estão distantes". (Leo)

"As inovações tecnológicas mudaram a forma de diversão da garotada de 15 anos. Antes, dançava-se numa festa, hoje ficam todos pelos cantos com seus celulares na mão". (Priscila)


sábado, 26 de abril de 2014

Por Enquanto (1)

Legião Urbana

Mudaram as estações (1)
E nada mudou (2)
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente (1)
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre (2)
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba (1)
Mas nada vai conseguir mudar
O que ficou (2)
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem  (2)
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa (2)

Esta música faz um jogo em que ora vê as coisas se modificando e ora as vê como permanentes. O eu lírico reflexivo olha a vida passando e se olha, as transformações pelas quais (não) passou, passando...
É a eterna briga entre Heráclito (1) e Parmênides (2), entre o transitório e o permanente.
Até na concepção o autor parece confuso sobre o que acreditar, pois o título, Por Enquanto, é heraclitiano e a última frase, parmenidiana.

Heráclito e Parmênides Numa Discussão Racial

Heráclito, como sabemos, defende que tudo é transitório; já Parmênides, que o ser é permanente e o que muda é apenas aparência.

Se levarmos para a discussão étnica e colocarmos, por exemplo, índios de um lado, e de outro lado, orientais (para fugir da dicotomia negros e brancos), teremos ser humano indígena e ser humano amarelo.
Pois bem, Heráclito neste caso valoriza o transitório, o que muda, ou seja, o fato de serem índios ou orientais.
Parmênides, por sua vez, valoriza o que permanece, ou seja, o fato de serem ambos seres humanos. Índio ou oriental são apenas aparências.

Ponto para Parmênides nesta discussão.

Um fenomenologista diria que ao olharem-se, índio e oriental, transformariam-se, cada qual, com esta esta experiência pegando um pouco de cada um. Neste caso estariam dando razão a Heráclito, mas esta é outra discussão...

Felicidade ou Prazer?

Se vive para ser feliz e para obter prazer em nossas ações?
Parecem a mesma coisa, já que o que nos torna feliz também é o que nos dá prazer e vice-versa, não é mesmo?
Então qual é a diferença, já que os eudemonistas, como Aristóteles e Santo Agostinho, são partidários da felicidade; e os hedonistas, como Epicuro, são partidários do prazer?

Uma diferença básica está na concepção de prazer dado pelos hedonistas como simples fuga da dor, sendo a não-ação por si só como algo que baste para estar bem. Assim, alguém que sofre dores renais, por exemplo, como Epicuro as sofria, quando não as sente atinge um estado ideal de bem viver que ultrapassa as fronteiras da felicidade, estando, portanto, além dela. Só sabe disso quem sofreu essas dores e encontrou alívio num Buscopam na veia, não é mesmo?
No entanto, a maior diferença está no fato de que o prazer é mais epidérmico, mais suscetível e intenso; ou seja, você consegue quantificar aquilo que está sentindo, enquanto que a felicidade é mais abstrata, mais vaga, pois você consegue perceber que algo te deixou bem (feliz), mas não consegue quantificar nem delinear exatamente o que sente.

Kama Sutra - Posições para apimentar o sexoGanhar um presente de aniversário, dependendo qual, te deixa mais ou menos feliz, mas você não tem um padrão sobre o que está sentindo.
Já um gozo sexual, por exemplo, você consegue saber o que sente, além de ser mais intenso.
Você pode até preferir, dizem os hedonistas, ganhar o presente, mas não há como negar que o prazer é mais intenso.
Além do mais, você trocaria qualquer presente, qualquer bem material, pelo alívio de uma dor intensa.

A felicidade, por sua vez é mais duradoura, sustentam os eudemonistas; e alguns bens imateriais, como o amor aos filhos, são maiores que qualquer dor que venha sentir, senão uma mulher não se disporia a  passar por todas as agruras de uma gestação e parto, se não fosse pela felicidade de gera-los.

A discussão segue...